Essa matéria já saiu há algum tempo, mas como em várias regiões do Brasil o calor está intenso, é bem legal dar uma lida! Saiu no UOL:
Sorvetes especiais e outras táticas aliviam o calor dos cachorros no verão (link)
Quando a fêmea Pipoca, filhote de pastor alemão de oito meses, recebe
seu pote de água em dias quentes, não tem dúvida: bate a pata na vasilha
e espalha o líquido fresquinho pelo chão. “Depois, deita em cima. Ela
faz isso sempre”, comenta a dona, a jornalista Paula Prado. Os cachorros
têm suas técnicas -instintivas ou um tanto mais elaboradas, como a de
Pipoca- para tentar se refrescar no verão. Os humanos também usam
algumas táticas para ajudar, como sorvetes especiais para bichos.
“Nessa época, é comum diminuir o apetite dos cães e aumentar a ingestão
de água”, explica o veterinário Daniel Lima. No caso dos donos que
costumam inventar artimanhas para auxiliar seus animais de estimação, é
importante colocar sempre a saúde do bichinho em primeiro lugar.
Oferecer sorvete normal pode não ser uma boa ideia.
“O produto contém açúcar, lactose e gordura, e pode causar vômito e
diarreia, especialmente se o animal não estiver acostumado”, comenta
Daniel. Pensando nisso, as irmãs Thais e Juliana Mucher, ambas
veterinárias e donas de yorkshires, desenvolveram um sorvete especial
para cães, o Icepet. “Foi pelos nossos cachorros mesmo, que sempre
gostaram de sorvete. Como não faz bem, resolvemos criar um que não
fizesse mal”, lembra Thais.
A guloseima vem nos sabores bacon, creme, menta, chocolate e morango (o
preferido da cachorrada), e foi desenvolvido para os bichinhos. Daniel
alerta, porém, que esse e outros petiscos não devem jamais substituir as
refeições normais. “Ele deve ser dado em quantidade pequena para não
prejudicar a alimentação regular. E não pode ser oferecido para
cachorros diabéticos ou com alergia a lactose”. Caso o cachorro tenha
qualquer restrição alimentar, o ideal é consultar antes o veterinário.
Prepare em casa uma receita de sorvete para cachorros
Cozinhe por 20 minutos na panela de pressão meio quilo de carcaça ou partes de frango, uma colher de chá rasa de sal, dois talos de salsão, meia cebola e um litro de água. Coe o caldo e leve para geladeira por uma hora. Depois desse tempo, a gordura do alimento ficará na superfície. Retire com uma colher e coloque o caldo restante em forminhas de gelo. Espere congelar e ofereça ao animal. O truque vai ajudá-lo a manter a temperatura corporal mais baixa. |
Receita de Marcelo Quinzani, diretor do hospital veterinário Pet Care |
Sombra, fruta e água fresca
Marcelo Quinzani, diretor do hospital veterinário Pet Care, sugere
algumas outras técnicas para aplacar o calor dos animais. “Podemos fazer
‘sorvete para cães’ com caldo de carne ou legumes (veja quadro ao lado)
ou mesmo oferecer a maioria das frutas da estação, como melancia,
melão, uvas, maçãs, peras ou mamão, sempre observando se não causa
nenhum efeito colateral para o animal como diarreia, vômitos ou gases.”
Sempre vale, é claro, o bom senso: a porção deve ser proporcional ao
tamanho do animal, sem que ele perca a fome ou deixe de comer o volume
de ração indicada para a idade dele. “Frutas ácidas e gordurosas devem
ser evitadas”, completa Daniel.
Como em épocas mais quentes o apetite dos cães costuma diminuir, o
veterinário recomenda também dividir a ração diária em porções menores e
oferecer um pouco de cada vez ao animal, ao longo do dia. “Assim, não
sobrecarrega o estômago. Manter a água fresquinha e colocar alguns cubos
de gelo também pode ajudar”, aconselha.
A sombra, no entanto, é a maior aliada dos bichinhos. Evite passeios em
locais quentes ou nos horários de pico, e mantenha-o em ambiente com
proteção do sol e ventilado. Se for passear de carro, viagens muito
longas não são recomendadas, muito menos deixar o animal dentro do
carro.
Em dias de chuva, é importante também evitar contato com enchente e
águas paradas, devido à possibilidade de contato com urina de rato, que
transmite leptospirose.

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Tosa adequada
Os cachorros sofrerão mais no verão se estiverem com a pelagem muito
densa -inclusive com pulgas, que podem proliferar em ambientes úmidos e
quentes. “Tanto para mantê-los mais frescos como para controle de pulgas
e problemas de pele, recomendamos a tosa mais baixa”, argumenta
Marcelo.
Diferentemente de seus donos, os cachorros não transpiram pela pele. “A
troca de calor se dá pela boca. Por isso, eles estão sempre ofegantes
no verão”, explica Daniel. O pelo, que funciona como um isolante
térmico, mantém a temperatura do corpo dos cães a uma média de 39,5
graus, um pouco acima da temperatura ambiente média.
Cuidado com a hipertermia
Como a área corporal que os cachorros possuem para transpirar é pequena
em relação ao tamanho do corpo, eles correm o risco de hipertermia. São
as condições ambientais áridas, com excesso de calor ou umidade, que
podem levar ao superaquecimento dos animais.
“Cães submetidos a condições como passeios em horas quentes do dia,
exercícios vigorosos ou ambientes fechados como carros com restrição de
água podem desenvolver o problema”, comenta Marcelo.

- Os cachorros têm suas técnicas para se refrescar
A respiração é a forma mais eficiente que os cachorros possuem de
perder calor, e contam com a caixa craniana como “aparelho
refrigerador”. Cachorros de focinho curto têm ainda mais dificuldade
nesse processo, pelo pouco espaço que possuem, explica o veterinário:
“cães braquicéfalos como das raças buldogue, boxer, pug, lhasa apso,
shih tzu e boston terrier estão mais suscetíveis, pois anatomicamente já
são desfavorecidos”. Segundo Daniel, cachorros de raças típicas de
habitats mais frios, como husky siberiano e akita inu, também sofrem
mais nessa época do ano.
Além de problemas respiratórios e taquicardia, a hipertermia pode até
mesmo levar o animal à morte. Por isso, os donos devem ter cuidado
dobrado com as condições de sombra e ventilação dos ambientes pelos
quais o animal circula nos dias mais quentes, evitar exposição excessiva
ao sol e calor e manter a tosa em dia. “Evite sair para passear com o
cachorro logo após a refeição também”, acrescenta Daniel.
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